Minas Gerais começa a definir os detalhes do projeto-piloto que colocará câmera nas fardas dos policiais militares de todo o estado. Uma reunião entre o Ministério Público estadual (MPMG) e a Polícia Militar nessa quinta-feira (05) iniciou a construção do projeto.
A expectativa é de que em outubro os agentes estejam usando câmeras no fardamento e também usem armas de menor potencial ofensivo, os tasers.
No ano passado, o MPMG aprovou R$ 4,2 milhões para a compra dos aparelhos de filmagem e o mesmo valor para a aquisição de armas de choque. Se o uso da primeira leva dos materiais apresentar resultados satisfatórios, a ideia é que todo o contingente policial do estado seja treinado e passe a utilizar câmeras na farda.
“O uso das câmeras, em conjunto com os outros equipamentos, irá produzir maior segurança para o trabalho policial e trazer maior transparência para a ação. E o projeto-piloto nos dará condições de avaliar o funcionamento e de desenhar o melhor uso desses equipamentos”, afirmou o chefe do Estado-Maior, Coronel Eduardo Felisberto Alves.
A PM realiza o processo de aquisição dos equipamentos e a elaboração do procedimento operacional padrão. Em seguida, a corporação realizará o treinamento da tropa.
O Ministério Público de Minas Gerais confia que a utilização das câmeras, armas de menor potencial ofensivo e o treinamento dos militares vai proporcionar melhor estrutura para combate ao crime.
“Também vai ser um elemento de aprimoramento do trabalho policial e de otimização do emprego de força. Assim teremos uma polícia cada vez mais tecnológica, com normativas próprias e treinamentos apropriados, cumprindo com sua finalidade de proteger os seres humanos”, disse o promotor Francisco Angelo Silva Assis.
A expectativa é que no final do ano, MPMG e PMMG tenham um relatório sobre o projeto-piloto.
“Vamos trabalhar o projeto-piloto em todo o estado, porque precisamos testar o funcionamento desses equipamentos nas diversas realidades, tanto sociais e culturais, como de interação com a comunidade”, ressaltou o Coronel Eduardo Felisberto Alves.
A Justiça espera com a ação trazer mais segurança para os militares e para o cidadão.
“Esperamos para este ano já ter resultados sobre o uso desses equipamentos, tanto para a proteção do policial - que terá como melhor fundamentar suas intervenções, evitando o uso de arma de fogo em certos casos - quanto para o cidadão, que terá mais um elemento de proteção”, ponderou o promotor Francisco Angelo Silva Assis
Os órgãos ainda não divulgaram as cidades que serão escolhidas como teste para o projeto.
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