Neste feriado de 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, Ubá celebrou também os 100 anos do Obelisco, monumento que fica na Praça que leva o nome da data de emancipação política.
Para muitos ubaenses, na correria do dia a dia, a significância do Obelisco talvez passe despercebida, mas sua presença marca o patriotismo há um século na cidade.
O Obelisco foi instalado no então largo de São José, que passou a ser chamado de Praça da Independência a partir de então. No interior do monumento foi incrustado um coração do “Sagrado Coração de Jesus” juntamente com a Ata da reunião de organização do evento de inauguração, que contou com representantes do comércio, indústria, lavouras, médicos, advogados, artistas e professores.
Em relação ao monumento, duas ilustres ubaenses, as cantoras Célia e Celma Mazzei, relembram que o Obelisco, assim como a Praça da Independência, fizeram parte de sua infância e juventude. “Eu e Celma nascemos na Pracinha da Independência, para nós a pracinha era tudo. Ali que realizamos nossas brincadeiras durante a infância. E o obelisco estava ali, à nossa frente, era o nosso mundo. Porque a gente não se movia muito na cidade”, recorda Célia.
Celma endossa a fala da irmã e comenta com carinho as lembranças vividas, “ali, quando crianças, não entendíamos o que ele significava. À medida que fomos crescendo, passamos a tratar com ‘mais respeito’, porque quando criança brincávamos de pique e de esconder atrás do Obelisco, os meninos subiam no monumento”, conta.
As artistas têm fotografias até hoje do Obelisco, da Praça da Independência e, claro, da infância delas, dos irmãos e amigos, todas registradas pelo pai Celidonio Mazzei, que possuía um estúdio de fotografia à época.
“Meu pai se estivesse vivo estaria com mais de 130 anos então ele participou da inauguração do monumento e tinha o maior orgulho disso. Mesmo italiano ele tinha um carinho imenso com Ubá”, recordam as irmãs.
Os arquivos das décadas de 1950 e 1960 contam parte da história do centenário Obelisco da Praça da Independência, e porque não da história de Ubá e das ilustres ubaenses que, através dos registros, permitem que outras tenham acesso a essas memórias.
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