A E-Financeira é um sistema implementado pela Receita Federal do Brasil, com o objetivo de ampliar o controle e a fiscalização sobre as movimentações financeiras dos cidadãos e empresas. Criada em 2015, a E-Financeira obriga instituições financeiras, como bancos e corretoras, a reportarem periodicamente dados detalhados de seus clientes, como saldos de contas, investimentos e transações financeiras, quando os valores ultrapassam certos limites estabelecidos pela legislação.
Essa ferramenta faz parte de uma série de iniciativas que visam aumentar a transparência e combater a evasão fiscal no país, permitindo que a Receita Federal tenha acesso a um volume significativo de informações financeiras, facilitando o cruzamento de dados e a identificação de possíveis inconsistências nas declarações de impostos.
Receber pagamentos de forma informal, ou seja, sem a devida documentação e registro nos órgãos competentes, pode acarretar sérios riscos fiscais para pessoas físicas e jurídicas. A informalidade impede a correta apuração e recolhimento de tributos, como o Imposto de Renda, o que pode levar à aplicação de multas, juros e outras penalidades por parte da Receita Federal.
Além disso, a falta de regularização financeira pode resultar em complicações maiores, como a impossibilidade de justificar o aumento patrimonial ou de comprovar a origem lícita de recursos, dificultando transações futuras, como a obtenção de crédito ou a venda de bens. Assim, é essencial que indivíduos e empresas mantenham suas operações devidamente registradas e em conformidade com as exigências legais para evitar problemas com o fisco.
Historicamente, a sonegação fiscal tem sido uma prática que, embora muitas vezes disfarçada, não está imune à detecção por parte das autoridades fiscais. Com a E-Financeira, casos antigos de sonegação, antes difíceis de serem identificados, passaram a ser mais facilmente descobertos através do cruzamento de dados e da análise detalhada das movimentações financeiras. Por exemplo, valores que anteriormente poderiam passar despercebidos em contas bancárias agora são automaticamente reportados à Receita Federal, que pode comparar esses dados com as declarações de renda dos contribuintes.
Casos emblemáticos de fraudes fiscais no passado, que poderiam ter escapado à fiscalização, hoje estariam sob maior risco de detecção e consequente punição, evidenciando a importância de manter as finanças em conformidade com a legislação vigente.
A rastreabilidade que a E-Financeira trouxe para a movimentação bancária é o que o fisco precisava para entender o contexto financeiro dos contribuintes e a partir dai ter as ações devidas para garantir a aplicabilidade das normas tributárias existentes. Hoje todos estão expostos!
Se precisar de ajuda nisto, me avise!
"Contabilidade: Sucesso em cifras!"
Abraço, Paulo Marcos Marques Roque
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