Um foragido da Justiça, que havia adquirido uma fazenda em Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, foi alvo de uma operação que investiga uma organização criminosa envolvida no tráfico interestadual de drogas.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a propriedade localizada em Minas Gerais era utilizada como ponto estratégico para o transporte de drogas destinadas ao Complexo da Maré e outras comunidades no Rio de Janeiro.
O principal suspeito, Robson Martins dos Santos, também conhecido como Douglas Castro, seria o líder da organização e fornecedor de drogas para o Terceiro Comando Puro (TCP). Em 2019, após ser condenado a 14 anos de prisão por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ele teria se refugiado na fazenda em Lima Duarte. As autoridades estimam que o grupo liderado por Santos movimentou mais de R$ 9 milhões nos últimos anos.
A operação, batizada de "Queda Livre", foi conduzida pela Polícia Federal em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (GAECO/MPRJ). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (3), Itaboraí (1) e Lima Duarte (3).
Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 7,42 milhões das contas de envolvidos, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e a suspensão da autorização para pilotar helicóptero de um dos suspeitos. A investigação também apontou indícios de lavagem de dinheiro na compra da fazenda e de empresas de fachada.
O nome "Queda Livre" faz referência à queda de um helicóptero que transportava 164 kg de cocaína em Paraguaçu Paulista, São Paulo, em 20 de maio de 2021, evento que deu início às investigações.
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