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Relatório indica que 2024 pode ser o ano mais quente já registrado

Estimativas indicam que recorde de calor em 2024 ressalta urgência de ações climáticas mais rigorosas.

07/11/2024 às 14h36 Atualizada em 12/11/2024 às 11h10
Por: Redação Fonte: InfoMoney
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Reprodução/Metrópole
Reprodução/Metrópole

O ano de 2024 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, sendo o primeiro a ultrapassar o limite estabelecido pelo Acordo Climático de Paris em 2015. De acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus, as temperaturas deste ano devem superar 1,55°C em relação aos níveis pré-industriais, um marco alarmante na trajetória de aquecimento global.

O Acordo de Paris estabeleceu o objetivo de limitar o aumento da temperatura a 2°C, com uma meta ideal de 1,5°C, para conter os impactos das mudanças climáticas. Cientistas alertam que superar 2°C pode desencadear efeitos irreversíveis, como inundações, secas e tempestades severas. Embora o limite de 1,5°C seja uma média de longo prazo, o aumento contínuo das temperaturas ressalta a urgência de medidas mais rigorosas para conter o aquecimento global.

Preocupações e Desafios à Frente

As conclusões do Copernicus aumentam os temores sobre a persistente tendência de aquecimento, ainda agravada pelo fato de que as emissões globais de CO2 não atingiram seu pico. O cenário também se torna mais desafiador diante de pressões políticas internacionais, como as promessas de Donald Trump de reverter políticas climáticas, chamando-as de "novo golpe verde".

O recorde histórico de calor traz novos desafios para os delegados que se reunirão na próxima semana em Baku, no Azerbaijão, para a COP29. “Esse recorde deve servir como um catalisador para aumentar a ambição nas próximas negociações climáticas,” afirmou Samantha Burgess, diretora adjunta do Copernicus.

Outubro já apresentou um aumento de 1,65°C em comparação com os níveis pré-industriais, marcando o 15º mês nos últimos 16 com temperaturas elevadas. Além disso, o último mês foi marcado por eventos extremos na Europa, como as chuvas intensas que resultaram em inundações relâmpago na região de Valência, Espanha, causando a morte de mais de 200 pessoas.

A nova análise da ONU projeta que, caso não sejam tomadas medidas significativas, as temperaturas globais podem atingir um aumento de até 2,8°C ainda neste século, deixando claro que o tempo para agir está se esgotando.

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