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Epamig e indústria de Ubá desenvolvem pesquisa para aprimorar matéria-prima moveleira

O trabalho busca suprir a demanda por matéria-prima de boa qualidade na região, que é o segundo polo moveleiro do país.

21/11/2024 às 11h03 Atualizada em 26/11/2024 às 10h18
Por: Redação Fonte: Agência Minas
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Foto: Reprodução/ Revista Campo e Negócios
Foto: Reprodução/ Revista Campo e Negócios

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com uma indústria moveleira de Ubá, na Zona da Mata Mineira, está conduzindo um projeto para avaliar o comportamento silvicultural de cinco clones de Acacia mangium. O objetivo é identificar, em laboratório, quais possuem as melhores qualidades para a fabricação de móveis.

O estudo, apoiado pela Subsecretaria de Inovação Tecnológica de Minas Gerais e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), busca atender à demanda por matéria-prima qualificada na região, que é o segundo maior polo moveleiro do Brasil.

“A Zona da Mata conta com cerca de 500 indústrias moveleiras, mas enfrenta desafios devido à baixa oferta de madeira florestal qualificada, o que leva à dependência de chapas laminadas e aglomeradas de Pinus, vindas do Sul do país”, explica Flávio Pereira da Silva, pesquisador da Epamig e coordenador do projeto.

A Acacia mangium é uma espécie tropical conhecida pelo rápido crescimento e adaptabilidade a solos e climas adversos, sendo usada na indústria moveleira do Sudeste Asiático desde 1966. No Brasil, entretanto, é necessário selecionar clones adaptados às condições locais, especialmente na Zona da Mata.

“Indústrias da região precisam de madeira de crescimento rápido e boas propriedades mecânicas. O desenvolvimento de clones superiores atenderá essa necessidade, permitindo maior produtividade e competitividade às empresas”, acrescenta Flávio.

Atualmente, a produção florestal da Zona da Mata Mineira é dominada por Eucalyptus spp., voltado para siderurgia, papel e celulose, o que aumenta os custos das indústrias moveleiras locais devido à dependência de matéria-prima externa e altos gastos com transporte.

Os resultados do projeto serão disponibilizados para o setor moveleiro, e o teste clonal será transformado em um pomar de sementes, possibilitando o cultivo massivo dos clones mais promissores. A expectativa é impulsionar a economia regional, gerando empregos e renda.

O trabalho conta com a colaboração do pesquisador José Mauro Valente Paes (Epamig) e das professoras Maira Cristina Fonseca (UFV) e Franciane Diniz Cogo (Uemg - Unidade de Passos).

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