Fertilizantes: O que são e como escolher os principais tipos

Os solos do hemisfério sul, onde o Brasil se encontra, normalmente são pobres quimicamente se comparados a solos do hemisfério Norte com raríssimas exceções como os Solos Roxos do Rio Grande Sul. Isto faz com que os nossos agricultores tenham que investir muito mais em corretivos e fertilizantes para que tenham a mesma produtividade de agricultores dos Estados Unidos por exemplo. Neste contexto entram os fertilizantes ou popularmente chamados de Adubos como verdadeiros aliados da nossa Agricultura.

 Além dos solos pobres, as próprias culturas extraem muitos nutrientes deles e temos uma necessidade de reposição destes nutrientes perdidos, esta é a principal função dos Fertilizantes. Os nutrientes podem ser classificados em macro e micronutrientes, dependendo da maior ou menor exigência da cultura, no entanto todos são considerados essenciais ao bom desenvolvimento das culturas. Os principais macronutrientes são nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já nos micronutrientes temos o zinco, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio.

Os fertilizantes são classificados em três tipos principais: Químicos ou Inorgânicos, orgânicos e os organominerais. Os Fertilizantes orgânicos são produzidos com a utilização de materiais orgânicos de origem tanto animal quanto vegetal, como esterco, restos de folhas e frutos, cascas de ovos, resíduos de usinas de açúcar e álcool, entre outras matérias-primas. Esses adubos demoram mais para ser absorvidos e processados pelas plantas por se tratarem de materiais naturais, que apresentam ciclos de vida mais longos.

Os Fertilizantes inorgânicos são produzidos por meio de minerais encontrados na natureza ou sintéticos e que passam por um processo industrial antes de serem destinados ao consumidor final. São chamados também de fertilizantes minerais ou químicos. Já os Fertilizantes organominerais são produzidos por meio de matéria-prima orgânica e enriquecidos com minerais, o que acelera a sua ação nos vegetais e fornece um grande aporte de nutrientes ao solo. São utilizados também como corretivos de acidez.

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André Ribeiro Teixeira

Engenheiro Agrônomo

Mestre em Fitotecnia

Momento Rural