Nos últimos meses, as armas de gel, ou "gel blasters", têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de brinquedos. Com preços que podem variar de R$ 50 a R$ 210, essas armas coloridas, que disparam pequenas bolinhas de gel, têm sido promovidas como uma alternativa mais segura aos brinquedos tradicionais de armas, como as de Airsoft ou paintball. Contudo, a popularidade crescente das gel blasters tem gerado tanto entusiasmo quanto preocupações entre pais, educadores e autoridades.
Embora as armas de gel sejam promovidas como uma alternativa mais segura a brinquedos tradicionais de combate, elas podem causar danos. Os projéteis de gel podem provocar hematomas e, caso atinjam os olhos, podem até causar cegueira temporária. Além disso, há o risco de a arma ser confundida com uma verdadeira, o que pode gerar pânico ou até ações policiais em locais públicos.
De acordo com a Polícia Civil venda e o porte das armas de gel não configuram crime. No entanto, as ocorrências relacionadas ao uso desses brinquedos, como lesões corporais ou perturbação do sossego, serão avaliadas e investigadas conforme cada caso. A maior preocupação, no entanto, é a descaracterização do produto, que pode ser confundido com uma arma real, resultando em situações de risco para a segurança pública.
Elas vêm com uma etiqueta indicando que são indicadas para adolescentes acima de 14 anos, também possuem uma outra indicação que sugere seu uso por crianças a partir de 3 anos, acompanhada do selo do Inmetro. No entanto, o instituto esclareceu que o selo é falso e que essas armas não são classificadas como brinquedos.
O Inmetro regulamenta requisitos específicos para brinquedos, mas as gel blasters, semelhantes a equipamentos como airsoft e paintball, são regidas por um decreto diferente, o nº 11.615, de 2023, e não estão sob sua competência. Além disso, qualquer produto que imite uma arma deve seguir normas de segurança, e as armas de gel não se encaixam nas categorias de brinquedos conforme as regulamentações do Inmetro.
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