O governo federal publicará nos próximos dias um decreto para corrigir o salário mínimo, que passará de R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025. O reajuste de R$ 106 representa um aumento de 7,5%, com ganho real acima da inflação. A correção valerá a partir de janeiro, com pagamento previsto para fevereiro.
A correção segue a nova fórmula aprovada no pacote de corte de gastos. A regra considera a inflação medida pelo INPC (4,84%) e o crescimento do PIB de dois anos antes (3,2%), mas impõe um teto de 2,5% para limitar o aumento. Com isso, o reajuste será inferior ao inicialmente projetado.
Se a regra anterior fosse mantida, o salário mínimo chegaria a R$ 1.528. No entanto, com a mudança, o valor foi reduzido em R$ 10 por mês, sendo arredondado para R$ 1.518.
Impactos na economia
O novo valor do salário mínimo afetará diretamente aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que têm o salário mínimo como referência. A mudança deve gerar uma economia de cerca de R$ 4 bilhões em 2025 e até R$ 110 bilhões até 2030, contribuindo para a redução das despesas públicas.
De acordo com o Dieese, o salário mínimo serve como base para a remuneração de 59,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais e informais, além de aposentados e beneficiários de programas sociais.
Apesar de ser visto como positivo, especialmente após anos de correção apenas pela inflação, especialistas alertam que o limite no crescimento do salário mínimo pode impactar o poder de compra e a economia como um todo.
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