O ano de 2024 foi marcado por extremos climáticos sem precedentes. Incêndios devastadores, a pior seca da história recente e chuvas intensas no Rio Grande do Sul resultaram em destruição e mortes. Além disso, 2024 encerrou como o ano mais quente já registrado. Agora, as previsões para 2025 indicam que o calor extremo deve persistir, mantendo a tendência alarmante de mudanças climáticas.
De acordo com o Met Office, referência mundial em meteorologia, 2025 será um dos três anos mais quentes já registrados. Embora o calor possa ser ligeiramente menos intenso do que em 2024, ele ainda estará muito acima da média. A análise do Cemaden e de outras instituições aponta para temperaturas elevadas, padrões de chuva alterados e oceanos ainda aquecidos.
A seca, agravada pelo calor e pela escassez de chuvas, deverá continuar a afetar o país. Segundo o Cptec, os primeiros meses de 2025 já apresentam previsão de calor acima da média em todas as regiões brasileiras. O Norte e o Nordeste podem enfrentar cenários ainda mais preocupantes, com temperaturas de 0,5°C a 1°C acima da média histórica.
Os eventos extremos também permanecem uma grande preocupação. O aquecimento dos oceanos intensifica a evaporação, levando a chuvas mais rápidas e fortes, com consequências imprevisíveis. Em 2024, cidades do Rio Grande do Sul foram devastadas por temporais, e especialistas alertam que esses desastres podem continuar em 2025 devido às altas temperaturas dos oceanos.
Regina Rodrigues, pesquisadora da Organização Meteorológica Mundial, destaca que as mudanças aceleradas nos padrões climáticos tornam cada vez mais difícil prever a intensidade e o impacto desses eventos. "O cenário atual dos oceanos é preocupante, e os desastres de 2024 mostram que o risco para as cidades só aumenta", afirmou.
Representantes do Cemaden ressaltam que, embora alertas sejam emitidos, a rapidez das mudanças climáticas desafia os modelos de previsão e dificulta a preparação adequada para desastres. O Brasil, assim como o restante do mundo, enfrenta um futuro climático cada vez mais incerto e desafiador.
Mín. 19° Máx. 20°