O governo federal reduzirá de 20% para 15% a presença de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas públicas a partir de 2025. A medida faz parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e visa garantir refeições mais nutritivas, fortalecer a agricultura familiar e respeitar a diversidade alimentar do país. Em 2026, o limite cairá para 10%.
Com a nova diretriz, itens como biscoitos industrializados serão substituídos por alimentos mais saudáveis, como frutas, feijão in natura, cuscuz e canjica. A nutricionista Jaqueline de Souza destacou que essas mudanças já vêm melhorando a qualidade da alimentação escolar.
O anúncio foi feito no Encontro Nacional do PNAE, em Brasília, com a presença do presidente Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana. O programa atende 40 milhões de alunos em 150 mil escolas, garantindo 50 milhões de refeições diárias.
O ministro ressaltou que a iniciativa combate a obesidade infantil e que a compra de alimentos da agricultura familiar será ampliada, priorizando produtoras rurais. A presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, lembrou que, para muitos estudantes, a merenda escolar é a única refeição de qualidade do dia.
Dados do Ministério da Saúde mostram que 14,2% das crianças com menos de cinco anos estão com excesso de peso ou obesidade, enquanto entre os adolescentes esse índice chega a 33%. O governo aposta na reformulação da merenda para melhorar a nutrição e o aprendizado dos alunos.
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