A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, nesta sexta-feira (14), um mandado de busca e apreensão em uma casa de cuidados pós-cirúrgicos localizada na rua Nicola Campanha, no bairro Bela Vista, em Ubá. A operação, realizada com apoio da Secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária, levou à interdição parcial do estabelecimento devido a irregularidades.
A investigação começou após múltiplas denúncias de que Fernanda Raimundo Varella, administradora do local, oferecia pacotes de hospedagem, alimentação e cuidados para mulheres em recuperação de cirurgias estéticas, mas não prestava os serviços prometidos após o pagamento. Durante a ação, policiais civis encontraram diversas pacientes sem a assistência adequada.
No momento da operação, Fernanda Raimundo Varella, de 40 anos, não foi localizada. O delegado Vinicius Batista Soranço reforçou a importância da ação para garantir a segurança das vítimas e coibir práticas irregulares na área da saúde. Materiais apreendidos serão analisados, e as investigações seguem para identificar outras possíveis vítimas e localizar a investigada.
A redação de O Noticiário recebeu depoimentos de possíveis vítimas, vindas de diferentes estados do Brasil, que denunciam não apenas a falta de assistência no local, mas também dificuldades para reaver os valores pagos.
"Precisamos da ajuda de vocês, aconteceu comigo e com diversas pessoas de vários estados diferentes do Brasil. Fechamos com uma casa de cuidados para o pós-operatório em Ubá, e a responsável nos deu um golpe. A casa está superlotada e se recusa a devolver o dinheiro pago, entre vários outros problemas. A cidade está sendo manchada por essa senhora, prejudicando outros profissionais competentes."
Outra mulher, que pediu para não ser identificada, informou que tem uma cirurgia marcada para março na cidade e alertou sobre o risco de novas vítimas.
"Ubá é conhecida como a cidade das cirurgias, mas há uma estelionatária aplicando golpes em várias mulheres. Ela pega o dinheiro e não devolve, além de não oferecer o serviço para quem já pagou. Já são mais de 20 mulheres prejudicadas. Eu tenho boletim de ocorrência, comprovantes e áudios que comprovam tudo. Essa mulher precisa ser denunciada e responsabilizada."
Os relatos reforçam a gravidade da situação e o impacto na reputação da cidade, que é referência para cirurgias plásticas. As autoridades pedem que outras vítimas formalizem suas denúncias na delegacia para contribuir com as investigações.
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