Não é novidade para ninguém que os preços do café dispararam, cotações de mercado chegam a mais de R$2.700, 00 a saca de 60 quilos. Nas Gôndolas de supermercados o preço também disparou e vem afetando um hábito e tradição do nosso Estado de Minas Gerais e do Brasil como um todo.
O Brasil é o maior produtor mundial de café, respondendo por cerca de 40% da produção global. As principais regiões produtoras incluem: Sul de Minas Gerais: Reconhecida pela alta qualidade do grão, com destaque para o café arábica, São Paulo (Mogiana): Caracterizada pelo equilíbrio entre acidez e doçura dos grãos, Espírito Santo: Líder na produção de café conilon, conhecido pela resistência e alta produtividade e Bahia: Crescente no mercado, com produções em áreas irrigadas que garantem constância na oferta.
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com uma área plantada de mais de 1 milhão de hectares. O estado concentra mais de 50% da produção nacional. A espécie mais cultivada é o café arábica, que representa 75% da produção total do país. A colheita do café em Minas Gerais ocorre entre maio e agosto. O café é o carro-chefe da economia de Minas Gerais, trazendo divisas, empregos e renda.
Mais como um país que é o maior produtor de café do mundo pode estar com o produto tão caro que vem ameaçando o consumo dos brasileiros? O Café é uma cultura que apresenta bienalidade, ou seja, um ano produz bem o outro nem tanto. Porém com estas mudanças climáticas extremas a produtividade do café vem batendo recordes negativos ano após ano.
As mudanças climáticas são um fator de grande preocupação para os produtores de café. O aumento das temperaturas médias, seca prolongada e chuvas em períodos inadequados têm alterado o ciclo produtivo da cultura. Além disso, regiões que historicamente eram adequadas para o cultivo estão enfrentando novos desafios, enquanto áreas menos tradicionais começam a ganhar destaque.
Além do clima um outro fator que tenta explicar estas altas de preços são as exportações. Em 2024, o Brasil exportou 50,5 milhões de sacas de café, um novo recorde e um aumento de 28,8% em relação a 2023. Principais destinos Alemanha, Itália, Japão, Bélgica. O volume exportado é quase equivalente ao produzido, sendo assim com muito menos café no mercado e a grande procura, os preços dispararam.
Para finalizar, os custos de produção do café também aumentaram muito. Com as mudanças climáticas, produtores tem que investir mais em Fertilizantes, defensivos, herbicidas e irrigação, impactando diretamente no preço. Outro grande problema é a falta da mão de obra no campo, com a produção do café em áreas de morro, a colheita é realizada manualmente o que aumenta e muito o custo pela ausência e custo da mão de obra.
E ai que tal ler esta matéria tomando um cafezinho?
O Agro Move o Brasil!!!!!!!
André Ribeiro Teixeira
Engenheiro Agrônomo
Mestre em Fitotecnia
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