A Páscoa deste ano será marcada por ovos de chocolate mais caros e uma oferta reduzida, devido ao aumento nos preços do cacau, que atingiram recordes históricos no final de 2024. A tonelada de cacau chegou a ser vendida por US$ 11.040, uma alta de 163% em relação ao ano anterior, impulsionada por problemas climáticos na África, maior produtora do grão.
Como o cacau é um produto com preço internacionalmente estabelecido, o aumento afeta diretamente o custo do chocolate. Apesar de estratégias da indústria para minimizar os impactos no bolso do consumidor, como redução no tamanho das embalagens e diversificação de produtos, a Páscoa de 2025 deverá ver um repasse significativo dos custos para o consumidor final.
Além disso, a produção de ovos de Páscoa será menor este ano, com estimativas de cerca de 45 milhões de unidades, uma queda de 22,4% em relação ao ano passado. No Brasil, o país enfrenta dificuldades na produção do cacau, com uma colheita abaixo da demanda interna. Para garantir o abastecimento, as indústrias precisaram recorrer à importação.
Com a expectativa de uma leve recuperação na safra mundial de cacau, os preços podem começar a ceder, mas os valores ainda devem permanecer altos. O impacto da alta do cacau reflete um desequilíbrio global na oferta, que deverá continuar afetando os preços no curto prazo.
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