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Polícia Policial

Justiça condena líderes de organização criminosa que movimentou quase R$ 1 bilhão na Zona da Mata

Delegado Rafael Gomes, preso na operação, ainda aguarda sentença em liberdade.

15/04/2025 às 13h59 Atualizada em 22/04/2025 às 16h06
Por: Redação Fonte: G1 Zona da Mata
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Foto: Reprodução/MPMG/Divulgação
Foto: Reprodução/MPMG/Divulgação

Seis pessoas foram condenadas por integrar o núcleo de liderança de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, suspeita de movimentar até R$ 1 bilhão em Juiz de Fora. As penas foram divulgadas na última terça-feira (8) pelo juiz Daniel Réche da Motta, da 1ª Vara Criminal da cidade. Um dos acusados foi absolvido.

As investigações fazem parte da operação Transformers, deflagrada em outubro de 2022 pelo Gaeco do Ministério Público de Minas Gerais. Entre os alvos estava o delegado de narcóticos Rafael Gomes, que chegou a ser preso. Ele e outros policiais e advogados investigados ainda não foram sentenciados e respondem em liberdade.

As penas dos condenados: Réu 1: 118 anos e 1 mês de prisão (tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa); Réu 2: Absolvido; Réu 3: 83 anos, 5 meses e 6 dias (tráfico, lavagem e organização criminosa); Réu 4: 22 anos e 3 meses (tráfico e organização criminosa); Réu 5: 29 anos, 5 meses e 7 dias (tráfico, lavagem e organização criminosa); Réu 6: 12 anos, 11 meses e 1 dia (tráfico e lavagem); Réu 7: 10 anos, 1 mês e 15 dias (organização criminosa e lavagem)

Os dois principais líderes do grupo receberam as penas mais altas. Um era responsável pela compra de drogas como cocaína e pasta base; o outro cuidava dos insumos para o refino.; Em 2024, outras duas sentenças já haviam sido assinadas, condenando mais de dez pessoas ligadas à organização.

Sobre a operação
A Operação Transformers resultou na prisão de 29 pessoas, incluindo o delegado Rafael Gomes e seis investigadores da Polícia Civil. As ações ocorreram em diversos bairros de Juiz de Fora.

As investigações revelaram uma complexa estrutura criminosa, com núcleos distintos para logística, finanças, proteção com corrupção de agentes públicos e liderança. Segundo as apurações, o grupo pagava valores frequentes à equipe de Rafael Gomes — cerca de R$ 30 mil — e uma ligação telefônica apontou até um pagamento de R$ 500 mil para impedir o avanço das investigações.

As informações foram obtidas por meio de interceptações telefônicas e quebras de sigilo autorizadas pela Justiça. Estima-se que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 1 bilhão ao longo da atuação.

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