O governo de Minas Gerais, nesta sexta-feira (2), decretou situação de emergência em saúde pública em resposta ao crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras infecções virais no estado. O decreto, assinado pelo governador Romeu Zema (Novo), tem validade de seis meses.
O estado enfrenta um aumento acentuado nos casos de SRAG, especialmente devido à circulação dos vírus sincicial respiratório e influenza A. Nas últimas semanas, o número de internações pediátricas subiu rapidamente, assim como a demanda por leitos de UTI e enfermarias.
O governo estadual informou que essa pressão sobre o sistema de saúde comprometeu a capacidade de atendimento em algumas regiões de Minas, como Montes Claros, Governador Valadares, Januária, Diamantina, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte. Como parte das medidas emergenciais, o decreto autoriza a dispensa de licitação para a compra de bens e serviços essenciais, além da requisição de bens de pessoas físicas e jurídicas, com direito à indenização quando necessário. Também foi determinado que todos os processos relacionados à crise tenham tramitação urgente.
Em Belo Horizonte, a prefeitura já havia decretado emergência em saúde pública no dia 30 de abril, devido ao aumento de casos de SRAG. Em abril, a cidade registrou 63.217 atendimentos para SRAG, representando um aumento de 49% em relação ao mês anterior. O aumento de casos resultou em impacto nas unidades de saúde, especialmente nas pediátricas, levando à abertura de 30 novos leitos de enfermaria na última semana, com 20 deles no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia.
A crise de saúde segue preocupando as autoridades, que continuam a monitorar a situação e implementar medidas para garantir o atendimento à população.
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