O Sistema de Plantio Direto (SPD) se baseia no não revolvimento e na cobertura permanente do solo, e na rotação de culturas. Sua utilização é de vital importância para a agricultura, pois dessa forma, é possível se evitar perdas causadas pela erosão que, além do solo, carrega para os cursos d’água, adubos e outros produtos químicos, constituindo-se em fonte de poluição e de degradação dos rios e outros mananciais.
No Brasil, o SPD surgiu na década de 1970, em trabalhos de pesquisa realizados no Rio Grande do Sul e no Paraná. Sua adoção, em larga escala, tinha como limitações a disponibilidade de máquinas semeadoras capacitadas para realizar o corte da palha e depositar as sementes no solo, sem revolvê-lo, e de herbicidas pós-emergentes específicos que atendessem as exigências dos diferentes sistemas de rotação de culturas.
Hoje este sistema SPD está disseminado por todo Brasil, com plantadeiras adaptadas para tal finalidade. Grandes plantios surgem no centro oeste brasileiro como de soja, milho e algodão usando o sistema de plantio direto. Alguns conceitos deste sistema são importantes para explicar com mais clareza aos produtores rurais sobre esta técnica.
A semeadura direta ocorre sem preparo do solo e com a presença de resíduos vegetais, apenas para determinada safra, e semeadura com preparo do solo na safra seguinte. A semeadura sem preparo do solo tem o mesmo significado que semeadura direta. Já o plantio direto em sim é o sistema de semeadura de culturas sem preparo do solo e com a presença de cobertura morta ou palha, constituída dos restos vegetais originados de cultura anterior conduzida especificamente para produzir palha e às vezes, também, para grãos.
Mais por qual motivo, os produtores buscaram por esta técnica, deixando para trás outras tão tradicionais como aração e gradagem. A principal razão que levou os agricultores, principalmente os da região de Castro e Ponta Grossa, no Paraná, a adotar o sistema, foi a intensa degradação ambiental, provocada pela erosão dos solos, que elevou os custos de produção a ponto de tornar-se a atividade agropecuária insustentável.
Algumas razões importantes que podem fazer você produtor e produtora rural adotar o sistema SPD, controlar a erosão do solo, atingir uma agricultura mais racional e sustentável, aproveitar melhor a umidade do solo, permitindo suportar os veranicos com mais segurança e estabilidade de produção, pela necessidade de se procurar alternativas para diminuir custos de produção, porque o SPD tem muito mais praticidade e permite economia de tempo e energia (combustíveis).
O Sistema Plantio Direto melhora a qualidade da água, proporciona menores custos com recuperação de estradas e carreadores, incrementa a produtividade e os lucros e, de maneira geral, melhora a qualidade de vida. Com a melhor organização das atividades, o agricultor tem mais tempo livre para ser utilizado com outros fins, especialmente com a própria família.
O Agro Move o Brasil!!!!!!!
André Ribeiro Teixeira
Engenheiro Agrônomo
Mestre em Fitotecnia
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