Vereadores propõem barrar lixo de outros municípios em Ubá, mas Prefeitura nega plano para aterro sanitário

O vereador André Alves anunciou, por meio de suas redes sociais, a apresentação de um Projeto de Lei que visa proibir o recebimento de resíduos sólidos oriundos de outros municípios no território de Ubá.

"Fomos alertados: querem transformar Ubá em aterro sanitário regional! Diante dessa ameaça real, entramos com um Projeto de Lei que proíbe o recebimento de lixo de outros municípios em nosso território", afirmou o vereador na legenda de uma postagem em seu perfil no Instagram. A proposta foi protocolada com o apoio de outros sete parlamentares e surge após especulações sobre a possível instalação de um aterro sanitário de abrangência regional na cidade.

De acordo com os autores do projeto, existe uma ameaça concreta de que Ubá possa se tornar o destino final do lixo de dezenas de cidades da região. Na visão dos vereadores, isso traria impactos negativos à saúde pública, ao meio ambiente e à qualidade de vida da população local.

“Nosso projeto de lei é um ato de responsabilidade e defesa do bem comum. Não podemos permitir que nossa cidade seja transformada em depósito de lixo de outros municípios”, declarou André Alves na publicação.

Além de André Alves, também assinam o projeto os vereadores Gilson Pica Pau, Jane Lacerda, José Roberto, Professor Breno, Domingos Trindade, Lucas Rufino Zocoli e Renatinho. Segundo os parlamentares, a iniciativa representa um posicionamento firme em defesa dos recursos naturais e da dignidade do povo ubaense.

Nota da Prefeitura

Diante dos fatos, O Noticiário entrou em contato com a Prefeitura de Ubá que esclareceu, em nota, que não há, no momento, nenhum projeto de implantação de um aterro sanitário. 

“Esclarecemos que não existe, no momento, nenhum projeto de criação ou previsão orçamentária por parte do Município voltado à implantação de um aterro sanitário. Reforçamos que o Município de Ubá mantém o compromisso com a destinação adequada dos resíduos sólidos, em conformidade com a legislação ambiental vigente, e está sempre aberto ao diálogo com os órgãos de controle.”