Um homem apontado como chefe de uma organização criminosa suspeita de movimentar até R$ 1 bilhão foi preso nesta quarta-feira (2), após dois anos foragido. O nome e o local da prisão não foram divulgados. A captura ocorreu por meio de ação conjunta entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e as equipes de inteligência das polícias Civil e Militar.
A prisão integra desdobramentos da Operação “Transformers”, deflagrada em outubro de 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, 29 pessoas foram presas, entre elas o delegado de narcóticos de Juiz de Fora, Rafael Gomes, e seis investigadores da Polícia Civil.
O líder da quadrilha foi condenado a 118 anos e 1 mês de reclusão pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Outros seis réus também receberam penas que, somadas, ultrapassam 270 anos de prisão. Um dos acusados foi absolvido. As sentenças foram assinadas em 8 de abril pelo juiz Daniel Réche da Motta, da 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora.
Além das condenações mais recentes, outras duas sentenças emitidas em 2024 também responsabilizaram mais de 10 pessoas por envolvimento com o grupo criminoso.
Segundo o MPMG, a organização criminosa atuava de forma estruturada, com núcleos dedicados à logística, setor financeiro, corrupção e liderança. As investigações, que duraram cerca de dois anos, revelaram o uso de veículos para transporte de drogas, gerenciamento de recursos ilícitos e a atuação de agentes públicos na proteção das atividades ilegais.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos bairros de Juiz de Fora, como Ipiranga, Democrata, São Mateus, Benfica, Alphaville, Bom Pastor e outros. As informações sobre movimentações financeiras do grupo foram obtidas por meio de ordens judiciais. As autoridades estimam que o volume movimentado pela quadrilha possa ter chegado a quase R$ 1 bilhão.
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