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Gymnásio Ubaense: a importância de registrar a história da educação na cidade

Conheça algumas das escolas que contribuíram para a formação dos cidadãos ubaenses, mas que foram esquecidas ao longo do tempo

11/10/2023 às 16h44 Atualizada em 16/10/2023 às 13h38
Por: Redação Fonte: Arquivo Historiador Miguel Batista
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Gymnásio Ubaense - Foto: Arquivo Miguel Batista
Gymnásio Ubaense - Foto: Arquivo Miguel Batista

Quando falamos na história da educação, em Ubá, vem sempre à nossa memória o Ginásio São José, Grupo Escolar Camilo Soares, Colégio Sacré-coeur de Marie, Escola da Farmácia e Ginásio Mineiro (Colégio Estadual Raul Soares). Infelizmente, por questões de informações, para as gerações futuras, esquecemos de deixar registrado a existência de outras escolas, não menos importantes, que contribuíram para a formação dos cidadãos ubaenses.

Dentre elas podemos citar:

  • O Externato e Internato Mineiro – que era dirigido pelo professor Cícero Galindo.
  • O Externato Menino Jesus – escola primária, era dirigido por Assumpta D’Felippe Stoduto, funcionava na av. Raul Soares, em frente à “Casa do Braz”, com fundos para a rua Santa Cruz.
  • Aula Regina Godinho - a escola primária funcionava no Chalet da família Godinho, na rua Padre Gailhac, ao lado do Asilo São Vicente de Paula.
    Collégio Brasileiro da Da. Rosalina Brandão – escola primária, destinada a apenas meninas, funcionava anexa à casa de dona Rosalina (Dona Sinhá), na Praça da Independência (antigo Largo de São José).
  • Escola da Dona Vicência – escola primária, funcionava na casa de Vicência de Magalhães Cotta, no final da Av. Governador Valadares, com a Rua do Divino.
  • Externato Vera Cruz – inicialmente funcionou como escola primária e depois como curso preparatório para admissão no Ginásio Raul Soares, funcionava na esquina da rua Padre Gailhac com a rua Monsenhor Paiva Campos e era dirigido por Maria Machado de Carvalho, no período de 1951 a 1971.
  • Aula Olga Carneiro – escola primária, funcionava em um sobrado, na praça São Januário, no  local onde hoje é o Fórum de Ubá.
  • Externado Nossa Senhora do Carmo(Escola dona Aristolina) -  escola primaria que ficava situada à esquina da rua Cel. Júlio Soares (hoje rua 22 de maio) com a Rua Peixoto Filho, Edifício Mascote.
  • Atheneu Ordem e Progresso – Escola citada em um perfil econômico da cidade, datado da década de 1940, falando sobre a criação e o fechamento da Escola de Farmácia.

Assim como muitas dessas escolas ficaram gravadas apenas nas lembranças de quem estudou nelas, podemos também incluí-las entre elas o Gymnásio Ubaense. Situado à Praça São Januário (Jardim Cristiano Roças), n° 48, o Gymnásio ficou instalado em um casarão de dois andares, no local onde funcionam hoje um posto de gasolina e o restaurante Hakuna Ubá. A instituição de ensino foi fundada pelo professor Lívio de Castro Carneiro em 1921, também sendo o diretor da escola por vários anos.

Para sua época, Lívio de Castro Carneiro era um empreendedor e tinha como principal meta a educação. No mesmo prédio onde funcionava o curso ginasial, foi criada a Escola de Instrução Militar com a denominação de E.I.M.133, anexando outras duas escolas militares, a 124 e a 362, dirigidas pelo Tenente Guariba, Tenente Zamith e Sargento Mena Barreto Pinto.

Em 1922, no mesmo prédio, foi fundada a Escola de Comércio, que foi reconhecida como instituição de ensino pela Lei 846, de 13 de setembro de 1923, com a finalidade da formação profissional de guarda-livros (técnico em contabilidade). Anexa à Escola de Comércio, foi criada a Escola Remington, também em 1922, com cursos de datilografia, mecanografia e estudos completos de máquinas de calcular.

A atividade do empreendedor, Livio de Castro Carneiro, tinha que prosseguir, aproveitando as bases do Gymnásio Ubaense. Em 1923, fundou em Ubá a Escola de Farmácia e Odontologia, dotando-a de sede própria, dos mais modernos aparelhos e com um corpo docente dos mais competentes.

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